O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontra em uma encruzilhada crítica ao mediador do conflito entre Israel e Irã — com duas escolhas extremas à sua frente: apoiar um ataque direto ao Irã para eliminar seu programa nuclear ou apostar que Teerã aceite um cessar‑fogo e negocie a interrupção de seu desenvolvimento atômico.
Opção A: Ataque militar – “eliminação total”
Desde os recentes ataques massivos de Israel a instalações nucleares e militares no Irã — incluindo Natanz e Fordow — que resultaram em mais de 200 mortos iranianos, Trump elogiou os ofensores e reforçou que “há ainda mais destruição para o que está por vir”, se Teerã não aceitar negociar.
Além disso, Trump teria vetado uma proposta israelense para assassinar o líder supremo iraniano e chegou a declarar que, caso o acordo não seja firmado, “haverá bombardeios do tipo que eles nunca viram antes”
Opção B: Misericórdia diplomática – “segunda chance”
Por outro lado, Trump insiste que o Irã precisa de uma “segunda chance” para negociar, insistindo numa janela de 60 dias para que Teerã aceite negociar a contenção de seu programa nuclear .
Após os ataques israelenses, ele voltou a sinalizar apoio a um novo pacto nuclear, dizendo que talvez agora o Irã esteja “mais sério” e que negociações indiretas por meio de intermediários em Omã podem seguir
Cenário: média zona de guerra e risco diplomático
- Pressão militar crescente: porta-aviões e bombardeiros americanos estão posicionados na região, sinalizando respaldo caso as negociações falhem .
- Dilema interno: Trump perdendo apoio tanto de falcões — que desejam ação mais agressiva — quanto de centristas, preocupados com novo envolvimento militar no Oriente Médio .
- Impacto global: o G7 enfrenta divergência interna – líderes europeus pedem cessar‑fogo e diplomacia, enquanto Trump reforça medidas militares para conter o Irã
Trump está num impasse estratégico. Apoiar o ataque militar pode resultar em escalada regional e perda de legitimidade diplomática. Por outro lado, apostar na via negociadora exige moderar o tom — e isso pode irritar seus aliados pró-segurança no Congresso e no eleitorado. A escolha entre coercão militar ou diplomacia exigente definirá o rumo da crise Irã–Israel–EUA nas próximas semanas.